27 de novembro de 2013

“... generosidade para seguir Tua voz”





Quando estava na novena para N. Sra. Do Perpétuo Socorro, fiquei impressionada com essa frase. Nunca antes havia me dado conta da importância de sermos generosos para seguirmos Jesus Cristo. Imediatamente pensei em o que deveria fazer para me tornar uma pessoa mais generosa.

Ser generoso é colocar as necessidades dos outros em primeiro lugar. Mas fazer isso não é tão simples, pois requer que olhemos e prestemos a atenção às carências dos outros, para então começarmos a ajudá-los. Uma das coisas mais importantes para isso é deixarmos de ocupar o centro do universo.

Para sermos generosos, os outros devem ser o foco mais importante da nossa atenção. Mas quem seriam esses outros? Podem ser os nossos familiares, amigos, vizinhos e colegas de trabalho. Podem ser os desconhecidos, os motoristas no trânsito, as pessoas que querem conversar na fila do mercado, que sentem fome ou frio, ou ainda as que estão sozinhas nos hospitais, asilos e orfanatos. Nesses casos, a generosidade se manifestaria não apenas na doação de recursos materiais, mas na distribuição de carinho, paciência, gentileza e atenção para todos.

A generosidade, de um ponto de vista mais amplo, também se manifesta com a preocupação com o bem estar de todos os seres vivos – inclusive com os que habitarão o planeta Terra nas próximas gerações. Cuidar de animais abandonados, consumir apenas o necessário para que os recursos energéticos e a água sejam suficientes para todos, preocupar-se com a poluição e o acúmulo de lixo, ou ainda escolher a origem de fabricação dos produtos que consumimos e as marcas que não utilizam mão de obra escrava são exemplos de generosidade.

A generosidade é um dos primeiros passos para conseguirmos seguir a determinação de Cristo para amar a todos os indivíduos, porque segundo o que acreditamos no cristianismo, todos somos irmãos.

Ainda tenho muito o que aprender em relação à generosidade, mas acredito que a humanidade nunca esteve tão generosa. São tantos exemplos de trabalhos voluntários, de pessoas e ONGs que se preocupam com a preservação do meio ambiente e de espécies que estão em perigo de extinção, que nós podemos ser otimistas. Se todos nós nos tornarmos um pouco mais generosos a cada dia que passa, a humanidade será muito mais feliz.

Lorena

20 de novembro de 2013

Infinito Particular


- De onde será que tiraram essa ideia de infinito?
O vô interrompeu o silêncio para lançar o desafio. E confesso que nunca havia pensado nisso fora do plano pessoal e da matemática do colégio…

Lembrei da tia Bel contando do Lucas, seu netinho de 2 anos, que tinha estado num rio pela primeira vez.
- E ai, gostou do rio?
- Não tinha jacaré!
- E a água fazia “chuá chuá”?
- Não, a água só passava...

Acho que ao longo da vida desafiamos os infinitos com os quais nos deparamos, sempre descobrindo que há mais além...
Pensando assim, faz sentido isso que dizem que a gente nunca acaba...

Mari

13 de novembro de 2013

A Rosa


- Ganhei uma rosa! Muito obrigada!
- Você vai voltar de carro para casa?
- Sim.
- É porque senão ela vai murchar...
Fiz aniversário faz algumas semanas. Eu sou do tipo de pessoa que gosta de avisar que esta data está chegando. Qualquer presente que ganhamos é uma lembrança, uma mostra de carinho, mostra que somos importantes para alguém.

Fui atender meu primeiro paciente do dia e ele, meio sem graça, me entregou uma linda rosa (comprada pela sua mãe, pois ele tem apenas 6 anos).
- Onde está o cartão?
Ele perguntou (também tinha sido escrito pela sua mãe, mas estava assinado por ele, com nome e sobrenome). Tinha caído no chão.
- Muito obrigada!
Falei desconcertada, afinal, já tinham passado 2 semanas. Coloquei a linda rosa vermelha em um copo com água, para valorizar e mostrar que eu gostei mesmo.
Ao longo daquela manhã, olhei muitas vezes para a rosa. Fui atender minha última paciente e, como tinha feito com os pacientes anteriores, chamei a sua atenção para a beleza daquela flor.
- Não acho!
Respondeu categoricamente.
- Por quê???
Perguntei espantada.
E ela me respondeu com toda a sinceridade que têm as crianças:
- Porque você não me falou que queria ganhar uma rosa de presente de aniversário? Eu que queria ter comprado para você!
Um desconcerto: será que para ela as flores são únicas?
- Gabi, eu te prometo que te avisarei com antecedência o dia do meu aniversário no ano que vem para você comprar uma rosa bem bonita para mim.
Vou cumprir com o prometido, afinal, gostei tanto de receber a rosa. Lembrei-me do Pequeno Príncipe e me senti cativada pela simplicidade que têm as crianças e pela beleza daquela rosa, que realmente é única.



Julia

6 de novembro de 2013

Como o fermento no pão




Minha mãe tirou o pão do forno com frustração, a massa não tinha crescido o suficiente (ela achava que era por causa do frio).
O cheiro parecia o mesmo, o sabor estava diferente.
Perguntei quanto ia de fermento. Apenas uma colher de café, me respondeu.
E uma quantidade tão mínima poderia fazer tanta diferença?


Às vezes a gente tem impressão, até porque os jornais acabam por enfatizar mais as más notícias do que as boas, de que estamos mergulhados num mundo de corrupção e violência. Pensei que se os atos de amor, vivos como o fermento biológico, mesmo que mínimos, atuassem no mundo como o fermento no pão, haveria motivo de sobra para se viver com esperança.


Mari