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29 de abril de 2015

Ser Maria


Meu padrinho uma vez me disse que não me deixaria casar antes de eu me formar na faculdade, porque teoricamente isso significa que eu não trabalharia fora, e eu sou inteligente demais pra ficar em casa e "ser maria".

Que fatídico futuro: observar comerem da comida que preparei com gosto, vestirem a roupa que dobrei sorrindo ("estão crescendo tão rápido, daqui a pouco já não cabe mais!"). Perfumar a casa e transformá-la em lar (tão limpinho!). Estar presente e dar atenção aos filhos, dar carinho e arrumar a bagunça depois que eles dormirem. Receber meu José cansado do trabalho e ser seu descanso. 

O que será que tem de tão pavoroso nisso?

Que AUDÁCIA ser Maria! Quanta dignidade pôs ela, com seu toque santo e feminino, nas coisas da casa! Quem me dera ser perfeita e alcançar o que ela alcançou sendo mãe e esposa, que honra amar, servir, e multiplicar. Quanto poder tem a mulher, de definir o tom de uma família, de formar uma criança, de ser o bom humor de um homem. Em que mundo maravilhoso moraríamos se todas as mulheres fossem Marias?!

Sinto muito, padrinho, mas trabalhando ou não, eu pretendo ser Maria.

BM

4 de setembro de 2013

Para você, quem é o centro do mundo?


Certa vez estava numa consulta médica desconfortavelmente (como suponho que costumam estar as pessoas tímidas) e numa tentativa de ser simpático o médico me lançou o desafio:


- Para você, quem é o centro do mundo?

Jamais tinha pensado no assunto fora das discussões do tema nas aulas de história. Fiquei um tempo em silêncio, pensando, sem conseguir chegar a uma conclusão.
Diante da minha reação, ele começou a me explicar que eu era o centro do mundo e por isso, ele e todo o resto das pessoas existiam para estar a meu serviço.


Aquela frase soou como a maior mentira que eu já tinha ouvido na vida.
Há muito tinha aprendido que o mundo existia muito bem sem a minha presença nele por séculos…

...

Um dia depois de várias reviravoltas na vida, percebi que aquela frase do médico poderia ter um fundo de verdade: morando sozinha não havia ponto de fuga, acabei por me tornar o centro (mesmo que do meu próprio mundinho) e o desafio de servir a mim mesma passou a ser uma questão de sobrevivência.


...


No fim, acho que o importante é que o amor, por si próprio e pelos outros, seja uma força maior do que as circunstâncias da vida a que estamos sujeitos...

Por Sofia