19 de junho de 2013

As margens plácidas do Ipiranga




E as margens plácidas do Ipiranga ouviram o brado retumbante de um povo heroico. Fomos pras ruas!

Aqui onde eu participei vi respeito entre os manifestantes e ao espaço público, pluralidade de ideias e a vontade de construir algo novo. A gente fez silêncio quando passou em frente ao hospital, disse não ao vandalismo, fez cartazes inteligentes e divertidos (meu preferido foi: “Este país está um djanho!”) e juntou, ao que dizem, umas 10 mil pessoas! Foi massa.

Mas ouvi dizer que estávamos sem foco, que aquilo era só simbólico e não teria consequências mais concretas.

Não estávamos sem foco. Nosso foco é mostrar pros nossos governantes onde é que está a fonte do poder: não no Congresso, não nos gabinetes, mas no povo. Na contribuição única e insubstituível que cada indivíduo é capaz de dar. O poder é aquilo que nasce da nossa organização e da nossa capacidade de estabelecer consensos quanto ao rumo de ação que vamos tomar. E temos vários consensos: não queremos corrupção! Não queremos atuação violenta da polícia, que está lá pra nos proteger e não pra se voltar contra o cidadão! E queremos investimento em coisas prioritárias (saúde, transporte e educação) e não queremos que isso fique em segundo plano porque nós, pobrinhos, decidimos pagar uma festa pros ricos (ai, essa Copa... o que gritamos foi que dela abrimos mão!).

Foi simbólico e muito mais.

E a consequência concreta é que lembramos o que acontece quando nos unimos e nos organizamos: tudo.  


Por Hannah

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