Li uma vez a
opinião de um autor que acreditava num inferno de gelo, apesar da maior parte
das representações incluir o fogo.
Por diversas
razões, meditava muito nisso esses dias.
E naquelas cenas
cotidianas em que abrimos a geladeira para pensar, percebi que a minha estava
começando a ficar com as paredes de gelo, o que indicava a hora de limpá-la.
Enquanto a
limpava, refletia sobre os momentos que deixamos o nosso interior se cobrir de
gelo.
Acredito que se
o céu é para quem sabe ser feliz na terra, o inferno é para aquelas tristes
figuras que se deixaram congelar por dentro.
A parte triste
da história é que eu me sentia uma dessas tristes figuras.
E gostaria que
fosse tão fácil como limpar a geladeira essa tarefa de descongelar pensamentos
e sensações que nos prendem em remotas infelicidades.
Há quem diga que
inferno e céu só existem na imaginação.
Eu diria que
existem na consciência como uma tênue linha interior que distingue a felicidade
da infelicidade.
Por Sofia
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