É possível ensinar alguém a amar? A grosso modo e ao pé da
letra, certamente que não.
Mas a vida, sim ela mesma, nos ensina que o amor vai muito
além das lágrimas derramadas por aquele menino do colégio ou mesmo das frases
que prontamente repetimos aos nossos pais, durante a infância. O amor, nada
mais é, que reflexo do cotidiano ao qual somos inseridos ao nascer.
Para a criança, beijar significa gostar, e ela sabe disto e,
assim demonstra seu afeto. Esta forma de amor é aquela clássica. Mas a que,
realmente, me encanta é a “camuflada” nos pequenos acontecimentos cotidianos. Aquela
em que não é necessário iniciar ou incitar o sentimento, quando o amor se faz
presente quase que “sem querer”.
Ver uma criança integrada à família, reconhecendo os
pertences de cada ente, sabendo dos gostos dos familiares, assim como
interagindo no universo do “lar” é a forma mais pura e serena de amar. Um
sentimento que se desprende do óbvio e tende a seguir em construção por tempo
indeterminado.
É nesta interface família-lar-cotidiano que o amor pode ser
ensinado, não como doutrina, mas sim como sentimento arraigado no “ser”. O
amor, quando assim é tratado, deixa de ser apenas uma qualidade individual e
passa a ser característica familiar, social e universal.
Por Clarisse
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Olá! Expresse sua querida opinião sobre esse texto! Queremos lê-la!