17 de outubro de 2012

O grande "sim" e o constante sim

 Eu sou muitas coisas: filha, neta, irmã, prima, amiga, mas não sou esposa.

 Às vezes a gente fica com a impressão de que a vida da mulher é isto: uma corrida para se tornar esposa.

Ser esposa é, sem dúvida, uma grande expressão de amor. Acredito, contudo, que a hierarquia do amor não deve ser socialmente determinada, mas sim individualmente. Isto é, não devemos necessariamente seguir o que a sociedade espera que façamos (casar-se! só por ser este o "sonho de toda mulher"), mas aquilo que percebemos que devemos fazer em cada circunstância.

Vejo a vida como um longo caminho em espiral.  Durante nossas andanças nós o vamos preenchendo com ladrilhos de diferentes cores. Cada ladrilho é uma resposta diferente a um desafio diferente, uma chamada a amar, antiga ou nova...
Em cada momento a vida nos convida a amar, seja como filha, como neta, como irmã, como prima, como amiga, como tia, como esposa, como mãe.

Penso que o grande “sim” das mulheres não é o do altar, mas o constante “sim” de cada instante, através do qual possibilitamos a vivência e a renovação do amor em todas as relações que nos tocam...

   Por que compor um caminho monocromático se  o mundo nos oferece tantas cores de ladrilhos?


Por Alice

2 comentários:

  1. Muito interessante e importante a reflexão! Mas, apesar do casamento não estar no caminho de todas nós e não precisar estar para podermos falar de amor com propriedade...quero lembrar de que acontece muitas vezes a fuga ou resistência a esse caminho, por parte de muitas mulheres, por motivos meramente egoístas - de garantir e defender seu espaço, sua individualidade, o seu tempo...ou ainda firmar sua revolta contra questões socialmente determinadas. Nestes casos...não vejo a expressão ou defesa do amor em sua singularidade, mas a defesa do amor próprio e do egoísmo! Defender o amor em suas diferentes nuances...sim, isto é importante!!!

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  2. Olá
    Muito bonito o texto, e também uma boa reflexão. Um dia eu dei o meu "SIM",no altar, esta é a parte mais fácil, o difícil é o "SIM" do dia -a-dia, foram 2 anos de um casamento tranquilo, morando na praia de Boa Viagem....enfim vida boa demais.... aí, engravidei, vim morar em Curitiba, o meu filho nasceu Síndrome de Down, este "Sim" foi o maior desafio de minha vida, aceitá-lo e amá-lo como ele era e mostrar à sociedade que ele poderia tudo ! Larguei minha profissão, e fui a LUTA, luta diária, mas sempre Feliz, como nos primeiros 2 anos de casamento, o "SIM" foi do casal, e também, foi o "SIM" mais valioso de nossas vidas. Hoje, 25 anos depois, meu filho já terminou a 2a. faculdade Bacharelado e Licenciatura em Educação Física, e trabalha na área. Para mim e meu marido este foi o "SIM" verdadeiro que demos na nossa vida no dia de nosso casamento, não esquecendo que jamais,em nenhum momento demos o "SIM" sózinhos, havia uma 3ª pessoa "DEUS".....!!!

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