Às vezes
a gente fica com a impressão de que a vida da mulher é isto: uma corrida para
se tornar esposa.
Ser esposa é, sem dúvida, uma grande expressão de amor.
Acredito, contudo, que a hierarquia do amor não deve ser socialmente
determinada, mas sim individualmente. Isto é, não
devemos necessariamente seguir o que a sociedade espera que façamos
(casar-se! só por ser este o "sonho de toda mulher"), mas aquilo que
percebemos que devemos fazer em cada circunstância.
Vejo a vida como um longo caminho em espiral.
Durante nossas andanças nós o vamos preenchendo com ladrilhos de
diferentes cores. Cada ladrilho é uma resposta diferente a um desafio
diferente, uma chamada a amar, antiga ou nova...
Em cada momento a vida nos convida a amar, seja como
filha, como neta, como irmã, como prima, como amiga, como tia, como esposa,
como mãe.
Penso que o grande “sim” das mulheres não é o do altar,
mas o constante “sim” de cada instante, através do qual possibilitamos a
vivência e a renovação do amor em todas as relações que nos tocam...
Por que compor um caminho monocromático se
o mundo nos oferece tantas cores de ladrilhos?
Por Alice
Por Alice
Muito interessante e importante a reflexão! Mas, apesar do casamento não estar no caminho de todas nós e não precisar estar para podermos falar de amor com propriedade...quero lembrar de que acontece muitas vezes a fuga ou resistência a esse caminho, por parte de muitas mulheres, por motivos meramente egoístas - de garantir e defender seu espaço, sua individualidade, o seu tempo...ou ainda firmar sua revolta contra questões socialmente determinadas. Nestes casos...não vejo a expressão ou defesa do amor em sua singularidade, mas a defesa do amor próprio e do egoísmo! Defender o amor em suas diferentes nuances...sim, isto é importante!!!
ResponderExcluirOlá
ResponderExcluirMuito bonito o texto, e também uma boa reflexão. Um dia eu dei o meu "SIM",no altar, esta é a parte mais fácil, o difícil é o "SIM" do dia -a-dia, foram 2 anos de um casamento tranquilo, morando na praia de Boa Viagem....enfim vida boa demais.... aí, engravidei, vim morar em Curitiba, o meu filho nasceu Síndrome de Down, este "Sim" foi o maior desafio de minha vida, aceitá-lo e amá-lo como ele era e mostrar à sociedade que ele poderia tudo ! Larguei minha profissão, e fui a LUTA, luta diária, mas sempre Feliz, como nos primeiros 2 anos de casamento, o "SIM" foi do casal, e também, foi o "SIM" mais valioso de nossas vidas. Hoje, 25 anos depois, meu filho já terminou a 2a. faculdade Bacharelado e Licenciatura em Educação Física, e trabalha na área. Para mim e meu marido este foi o "SIM" verdadeiro que demos na nossa vida no dia de nosso casamento, não esquecendo que jamais,em nenhum momento demos o "SIM" sózinhos, havia uma 3ª pessoa "DEUS".....!!!